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terça-feira, 5 de agosto de 2025

Sevilha, das Glórias do Al-Andalus à Cultura Vibrante dos Dias Atuais

I. Introdução 


Sevilha, localizada no sul da Espanha, é uma cidade com uma rica tapeçaria histórica, marcada por diversas civilizações e eventos significativos. 

Durante o domínio muçulmano, Sevilha destacava-se como um dos principais centros econômicos e culturais de Al-Andalus. A cidade era próspera no comércio graças ao seu acesso ao Rio Guadalquivir.

Contribuições como a construção da Giralda e do Alcázar mostram sua importância estratégica e cultural sob o domínio mourisco.

Contudo, a decadência de Sevilha no contexto islâmico começou quando a cidade foi conquistada por Fernando III em 1248, muito antes da queda de Granada.

Após ser conquistada por Fernando III em 1248, Sevilha se tornou um dos principais polos do Reino de Castela, tanto política quanto economicamente.

Vista aérea de Sevilha e do rio Guadalquivir, foto de © Alexey Novikov em  dreamstime.com


Com a descoberta da América em 1492, Sevilha consolidou sua posição como o maior porto da Espanha e da Europa. A cidade controlava o comércio colonial e servia como base de exploração para o Novo Mundo por meio da Casa de Contratación de Indias.

Sevilha transformou-se em um dos centros de maior riqueza do mundo no século XVI, destacando seu papel crucial na globalização e início do comércio transatlântico.


II. Resumo Histórico


II.1 - Período Romano (aproximadamente 206 a.C. - 411 d.C.)


Sevilha, conhecida como "Híspalis", tornou-se um importante centro administrativo e comercial sob o domínio romano.

a) Principais Construções no período

Muralhas de Híspalis: Fortificações para proteger a cidade.

A primeira construção de muralhas ocorreu na época romana, quando Híspalis (antigo nome romano de Sevilha) era uma importante cidade dentro da província da Bética. As muralhas eram fortificações defensivas que protegiam o núcleo urbano e serviam para marcar o limite da cidade.

Este primeiro perímetro possuía aprox. 3 km de extensão e incluía torres defensivas. Era construído principalmente em pedra calcária e argamassa romana, técnicas tradicionais dessa civilização.


Das muralhas constuídas no período dos visigodos pouco  é visível atualmente, pois essas estruturas foram integradas nas reformas posteriores do período islâmico.

Anfiteatro de Itálica: Em Santiponce, próximo a Sevilha, uma das primeiras cidades romanas fundadas na Hispânia.

b) Personagens

Trajano e Adriano, imperadores romanos nascidos em Itálica, foram os personagens mais importantes da época.

II.2 - Período Visigodo (411 - 711 d.C.)

Após a queda de Roma, Sevilha tornou-se um importante centro do Reino Visigodo, com a cidade desempenhando um papel crucial em eventos religiosos e políticos.

a) Principais Construções

Sevilha foi convertida em centro religioso, com a construção de basílicas. Os visigodos quando chegaram na peninsula ibérica em 476 dC,  seguiam o arianismo, que era uma variação da religião católica que pregava que Jesus era divino mas não era igual a Deus Pai. Essa deferença com o povo local que era católico gerou muita tensão. Foi o rei Recaredo  em 589, após o Concílio local de Toledo que se converteu ao catolicismo e unificou o reino sob essa doutrina.

b) Personagens

São Isidoro de Sevilha, famoso teólogo e arcebispo. São Isidoro de Sevilha foi um arcebispo espanhol, teólogo e estudioso considerado um dos últimos Padres da Igreja Latina e um dos mais importantes pensadores do período visigótico. Ele é conhecido por sua enciclopédia "Etymologiae", considerada a primeira enciclopédia do mundo ocidental, e por sua influência na educação e cultura da Idade Média.


Isidoro viveu entre 560 dC e 666 dC e desempenhou um papel crucial na consolidação  do catolicismo no Reino Visigótico

II.3 - Período Muçulmano (711 - 1248)


Sevilha prosperou sob o domínio islâmico, tornando-se uma das cidades mais importantes do Al-Andalus.

Foi conquistada por Abd al-Aziz ibn Musa em 712.

a) Principais Construções:

Torre del Oro: Erguida no século XIII como uma torre de vigilância.

Giralda: Originalmente um minarete da mesquita de Sevilha, construída no século XII.

La Giralda, foto HistoriacomGosto

Alcázar de Sevilha: Começado no período visigótico, ampliado pelos mouros;

b) Personagens

Al-Mutamid, último rei muçulmano de Sevilha, conhecido por seu apoio às artes.   
Al Mutamid, o rei poeta

II.4 - Período Cristão (1248 - presente)


a) Reconquista de Sevilha: Em 1248 Sevilha foi reconquistada por Fernando III de Castela, que marcou o fim do domínio muçulmano.

 Fernando III de  Castela, wikimedia commons

Fernando III de Castela


Fernando III de Castela, conhecido como Fernando, o Santo, foi uma figura central na Reconquista Cristã, com um papel decisivo na expansão territorial e no fortalecimento do domínio cristão na Península Ibérica. Sua vida e realizações são consideradas fundamentais para a recuperação de territórios sob domínio muçulmano e para a unificação de Castela e Leão, bem como para a consolidação cultural e religiosa nesses territórios.

Vida e Contexto

Nascimento: Fernando nasceu em 1199 ou 1201, em Peleas de Arriba, no Reino de Leão. Ele era filho de Alfonso IX de Leão e de Berenguela de Castela. Em 1217, após a abdicação voluntária de sua mãe, Berenguela, ele foi coroado Rei de Castela. Em 1230, herdou também o trono de Leão, com a morte de seu pai, unificando os dois reinos sob um único governo. Isso representou um passo fundamental para a criação do que mais tarde seria a Espanha moderna.

Fernando III faleceu em 30 de maio de 1252, em Sevilha. Foi canonizado pela Igreja Católica em 1671 pelo Papa Clemente X, devido à sua dedicação à fé cristã e ao protagonismo em expandir os territórios cristãos.

Importância na Reconquista Cristã

Fernando III dedicou grande parte de seu reinado à Reconquista, enfrentando os mouros que controlavam vastas regiões da Península Ibérica. Suas principais conquistas incluem:

A Tomada de Sevilha (1248)

Sevilha era uma das cidades mais importantes e ricas do al-Andalus, o território dominado pelos muçulmanos. A cidade era também estratégica por sua posição ao longo do rio Guadalquivir e sua importância comercial.

Cerco de Sevilha (1247-1248): Fernando III conduziu um prolongado cerco, mobilizando tropas terrestres e uma frota naval para bloquear os suprimentos que chegavam pela água. Após meses de resistência, a cidade rendeu-se em 23 de novembro de 1248, marcando um dos momentos mais emblemáticos de toda a Reconquista.

Consequências: Ele converteu a Grande Mesquita de Sevilha na Catedral de Santa Maria, simbolizando a vitória cristã. Iniciou a repovoação da cidade com cristãos, atraindo populações de outras partes de Castela e Leão. Sevilha tornou-se um dos centros políticos e culturais mais importantes do reino.

Conquistas de Outras Cidades Importantes

Córdoba (1236): Antes de Sevilha, Fernando havia tomado Córdoba, outro símbolo do poder islâmico na Península. Sob seu comando, a Grande Mesquita de Córdoba também foi transformada em uma catedral.

Jaén (1246): Estratégica no sul da Andaluzia, tornou-se parte do Reino de Castela após sua conquista.

Múrcia (1243): Embora não tomada diretamente por armas, Fernando conseguiu a submissão da região por meio de tratados, incluindo o Pacto de Alcaraz, que garantiu a adesão de Múrcia como um estado vassalo antes de sua total incorporação ao domínio cristão.

Estratégias de Reconquista

Para fortalecer sua posição, Fernando negociava frequentemente com líderes muçulmanos e permitia que algumas cidades rendidas continuassem a autogovernar-se sob supervisão cristã.

Legado Religioso e Cultural

Fernando III foi um monarca profundamente religioso, considerando-se um "instrumento de Deus" durante sua vida. Ele promovia a difusão do cristianismo em todas as áreas conquistadas, restaurando igrejas e mosteiros.

Apoiou a tradução de textos muçulmanos e judeus para o castelhano, contribuindo para a preservação do conhecimento daquela época.

Seu corpo foi enterrado no Real Alcázar de Sevilha, mas depois transferido para a Catedral de Sevilha, onde atualmente descansa numa tumba de mármore com inscrições em quatro idiomas: latim, hebraico, árabe e castelhano.

b) Expansão Comercial

Em 1492, agora com Isabel e Fernando,  após a conclusão da Reconquista Cristã com a conquista de Granada e a descoberta das Américas, Sevilha tornou-se um ponto central para o comércio com o Novo Mundo.

c) Principais Construções

Catedral de Sevilha: Iniciada em 1402, é a maior catedral gótica do mundo e abriga a tumba de Cristóvão Colombo.

Tumba de Colombo, foto HistoriacomGosto


Archivo General de Indias: Criado no século XVI para guardar documentos relativos às colônias espanholas na América.

Universidade de Sevilha: Fundada em 1505, promoveu a educação e cultura na cidade. 

b) Personagens da época

Fernando III, que liderou a conquista de Sevilha; Cristóvão Colombo, cujo túmulo está na Catedral.

II.5 - Era Moderna e Contemporânea


No século XIX, a cidade foi afetada pelas Guerras Napoleônicas e pela instabilidade política durante a restauração bourbon.

Com a Exposição Universal em 1922 (Expo 1992) houve  um renascimento econômico e cultural para Sevilha. 

a) Principais Construções :

Plaza de España: Construída para a Exposição Ibero-Americana de 1929, é um exemplo marcante da arquitetura regionalista andaluza.

Praça de Espanha, foto de @Gbruev em dreamstime.com


b) Personagens

Manuel García Morente, um dos principais filósofos e intelectuais espanhóis do século XX.

Nos dias de hoje Sevilha continua a ser uma encruzilhada cultural e histórica, onde vestígios de seu passado romano, visigótico, islâmico e cristão se misturam em um caldeirão vibrante de influências históricas e arquitetônicas, atraindo milhares de visitantes todos os anos.


III. - Pontos Importantes de Visitação em Sevilha 

Relacionamos aqui alguns dos pontos mais importantes de Sevilha para visitação. 

III.1 - Catedral de Sevilha e La Giralda 

A Catedral de Sevilha é a maior catedral gótica do mundo e um Patrimônio Mundial da UNESCO. É famosa por sua nave imponente e pela tumba de Cristóvão Colombo. La Giralda, originalmente um minarete da mesquita que existia no local, é agora o campanário da catedral e oferece vistas magníficas da cidade.

Catedral de Sevilha, foto de @Wirestock em dreamstime.com
         


a) Puerta de la Assuncion

Situada na fachada principal da Catedral, de frente para a Avenida de la Constitución. É a entrada de maior destaque da igreja.

A Puerta de la Asunción foi construída no século XIX, em estilo neogótico, destacando-se pela decoração detalhada e grandiosidade. No topo, há uma representação da Assunção da Virgem Maria, que dá nome à porta. Trata-se de um relevo com figuras angelicais e cenas alegóricas que simbolizam a elevação de Maria aos céus.

A porta simboliza a centralidade e devoção à Virgem Maria, padroeira da Catedral e da cidade de Sevilha.


Porta da Assunção, foto de © Artur Bogacki em dreamstime.com


b) Nave

A nave central da Catedral de Sevilha é uma das mais impressionantes da arquitetura gótica mundial, devido às suas dimensões colossais e riqueza decorativa.

A nave central atinge cerca de 42 metros de altura, enquanto todo o interior mede 135 metros de comprimento e 76 metros de largura.

É uma das maiores catedrais do mundo em área interna, superando até mesmo a Basílica de São Pedro, em algumas métricas de espaço cúbico.


Catedral de Sevilha, foto HistoriacomGosto
       

c) Coro

O Coro da Catedral de Sevilha é outra área de destaque, não apenas por sua importância funcional, mas por suas impressionantes decorações.

Localizado em uma estrutura embutida no centro da nave principal, o coro é delimitado por paredes de madeira esculpida e painéis decorativos finamente trabalhado

Catedral de Sevilha, foto HistoriacomGosto
        

d) Capela Maior

A Capela Maior é o coração litúrgico da catedral e um dos seus maiores tesouros arquitetônicos. É uma extraordinária amostra da arte gótica e da devoção cristã.

O retábulo da Capela Maior é o maior do mundo e demorou mais de um século para ser concluído (1482-1564).

Feito de madeira dourada, ele retrata 44 cenas da vida de Cristo e da Virgem Maria em detalhes minuciosos. No topo, a Assunção da Virgem é o ponto culminante da composição, refletindo a importância da Virgem como padroeira da catedral.


Catedral de Sevilha, foto HistoriacomGosto

A capela é cercada por uma monumental grade de ferro forjado, projetada no século XVI para separar o espaço sagrado da nave. Essa grade é uma obra de arte em si, com ornamentos elaborados e cruzes cristãs.


e) Capela real

A Capela Real, construída em estilo renascentista, é um espaço de profunda reverência e importância histórica.

A capela foi projetada no século XVI com uma planta octogonal, marcando uma ruptura arquitetônica em relação ao estilo gótico predominante na catedral.

Contém os túmulos de grandes figuras da história espanhola, como São Fernando III, rei de Castela e Leão, que liderou a Reconquista de Sevilha em 1248.

Capela Real, foto HistoriacomGosto


O centro da capela é dominado pela Virgem dos Reis (Virgen de los Reyes), uma escultura altamente venerada que frequentemente é adornada com joias e vestes reais.


f) Quadro de Murilo 

A "Imaculada Conceição", pintada por Bartolomé Esteban Murillo, é uma das grandes obras de arte abrigadas na catedral.

A pintura retrata a Virgem Maria envolta em vestes brancas e azuis, cercada por anjos, com uma expressão de pureza e serenidade.

A obra é o símbolo da devoção à Imaculada Conceição, dogma que teve grande relevância para a Igreja Católica na Espanha


Nossa Senhora Imaculada Conceição,
Obra prima de Murilo, foto HistoriacomGosto


III.2 - Real Alcázar de Sevilha 

Este palácio real ainda em uso é um exemplo brilhante de arquitetura mudéjar, com jardins deslumbrantes e uma história que remonta ao período islâmico. É outro Patrimônio Mundial da UNESCO e foi cenário de filmagens para séries e filmes.

Real Alcazar, foto de © Alessandro0770 em Dreamstime.com
         
Palácio das donzelas / Pátio das donzelas

O Palácio das Donzelas foi construído durante o reinado do rei Pedro I de Castela (1334–1369), conhecido como Pedro o Cruel ou Pedro o Justiceiro.

Foi erguido no século XIV, entre os anos 1364 e 1366, sobre as fundações de um antigo palácio muçulmano. Apesar de Pedro I ser um rei cristão, a arquitetura do palácio reflete amplamente a influência mudéjar, um estilo artístico que mistura elementos islâmicos e cristãos e que prosperou na época.

O nome "Palácio das Donzelas" está associado, possivelmente, à famosa Lenda das Donzelas Tributo, que conta que os reis mouros exigiam, anualmente, um tributo de 100 donzelas virgens dos cristãos. Essa lenda foi muitas vezes usada para simbolizar a vitória cristã sobre os mouros.



Real Alcazar, Pátio das donzelas, foto de© Kittichart Potithat em Dreamstime.com

      

III.3 - Plaza de España

Construída para a Exposição Ibero-Americana de 1929, a praça é um grande exemplo da arquitetura regionalista andaluza. Seus pavilhões arqueados e o canal navegável oferecem um cenário pitoresco para passeios.

Plazza de Espanha, foto HistoriacomGosto


A Praça foi construída entre os anos de 1914 e 1928, e foi  projetada para o evento internacional destinado a estreitar laços entre países ibero-americanos e a destacar a importância cultural e econômica da Espanha. Cada país participante possuía um pavilhão na exposição, e o espaço da praça foi concebido como a peça central do evento.

O projeto foi assinado pelo renomado arquiteto Aníbal González, que buscou um estilo arquitetônico que simbolizasse a riqueza e diversidade cultural da Espanha. Durante sua construção, o país estava sob o regime do rei Alfonso XIII, quando a monarquia constitucional ainda vigorava.

Formato da Praça

A praça é caracterizada pela sua disposição em meia-lua ou semicírculo gigante, com 200 metros de diâmetro. Este formato simboliza o abraço da Espanha às suas antigas colônias no continente americano, ressaltando os laços históricos.

Plazza de Espanha, foto HistoriacomGosto

A praça é caracterizada pela sua disposição em meia-lua ou semicírculo gigante, com 200 metros de diâmetro. Este formato simboliza o abraço da Espanha às suas antigas colônias no continente americano, ressaltando os laços históricos.

A área é delimitada por um grande edifício com galerias e pavilhões que acompanham toda a curva.

Bancos e Azulejos representando as cidades

Ao longo da praça, encontram-se banquinhos decorados com azulejos, cada um representando as 50 províncias da Espanha.

Plazza de Espanha, foto HistoriacomGosto


Plazza de Espanha, foto HistoriacomGosto


Esses cantinhos são adornados com painéis de cerâmica pintados, ilustrando cenas históricas, brasões e elementos tradicionais de cada província. É um destaque cultural que atrai grande atenção dos visitantes.

Pavilhão Central

Localizado no centro da meia-lua, o pavilhão principal é a peça de destaque. Hoje, ele abriga escritórios municipais e governamentais, algumas sedes administrativas e espaços dedicados a eventos culturais.

A arquitetura combina arcos simétricos, torres decoradas e detalhes ornamentais impressionantes, como esculturas e motivos artesanais.

Plazza de Espanha, foto HistoriacomGosto


III.4 - Parque de María Luisa 

Este parque exuberante é o maior de Sevilha e abriga a Plaza de España. É ideal para caminhadas, piqueniques e explorar sua vegetação e fontes ornamentais.

Parque Maria Luisa, foto de
© Silvia Blaszczyszyn Jakiello em dreamstime.com


Torre del Oro  

Uma torre de vigia do século XIII situada às margens do rio Guadalquivir, que agora abriga um museu marítimo. Oferece uma visão sobre a importância naval e comercial de Sevilha.

Torre del Oro, foto de© Giovanni Gagliardi dreamstime.com


Metropol Parasol (Las Setas) 

Este é o maior edifício de madeira do mundo e um exemplo de arquitetura moderna na cidade histórica. Oferece um mirante com vistas panorâmicas e um espaço cultural subterrâneo.

Está localizado na Plaza de la Encarnación, no centro histórico de Sevilha, onde antes havia apenas um mercado antigo em decadência e uma área abandonada desde os anos 1970. 

As obras foram iniciadas em 2005 e concluídas em 27 de março de 2011. O projeto foi concebido pelo alemão Jürgen Mayer H., por meio de um concurso internacional realizado em 2004.

Apesar de o orçamento inicial girar em torno de 50 milhões de euros, o custo total superou os 100 milhões de euros.


Setas de Sevilha, foto HistoriacomGosto


Design e Estrutura 

A estrutura tem o formato de "setas", ou cogumelos, criando grandes coberturas que oferecem sombra e criam um espaço acolhedor na praça.

Apesar dos desafios e críticas, o uso predominante da madeira marca um dos aspectos mais inovadores das Setas de Sevilha. Combinado com o poliuretano, o material consegue equilibrar estética, leveza e durabilidade.


Setas de Sevilha, foto HistoriacomGosto



Barrio de Santa Cruz  

Este antigo bairro judeu é uma área encantadora de Sevilha, cheia de ruas estreitas, praças sombreadas e pátios floridos, perfeito para um passeio a pé.  


Arquivo Geral das Índias 

Também declarado Patrimônio Mundial da UNESCO, este edifício renascentista abriga documentos valiosos sobre a colonização espanhola das Américas, oferecendo uma visão única sobre esse período histórico.


Arquivo Geral das Ìndias, foto HistoriacomGosto


Arquivo Geral das Ìndias, foto HistoriacomGosto


Hospital de los Venerables 

O Hospital de los Venerables, localizado no encantador bairro de Santa Cruz, é um dos monumentos barrocos mais impressionantes e significativos da cidade. Construído no século XVII, o edifício servia como um espaço de retiro e hospitalidade destinado a clérigos idosos e doentes, conhecidos como veneráveis sacerdotes, o que dá nome ao local. Atualmente, o hospital é um centro cultural conhecido por sua história, arquitetura e pela impressionante igreja barroca no seu interior.

Hospital dos Veneráveis, foto de© Jacek Banas em dreamstime.com

Igreja Barroca

O interior da igreja é um exemplo supremo da grandiosidade barroca, com ornamentos ricamente trabalhados em ouro, elementos esculpidos, pinturas e estuques.

O retábulo-mor, uma obra fascinante de ouro e madeira, é dedicado a São Fernando, destacando-se por sua intrincada composição de esculturas e colunas.

Cúpula: Decorada com pinturas de Juan de Valdés Leal, a cúpula exibe uma impressionante alegoria celestial, com anjos e santos em meio a um céu claro.



Igreja do Hospital dos Veneráveis, foto Bobo Boom, wikipedia

A igreja também abriga obras de Juan de Valdés Leal e Bartolomé Esteban Murillo, dois dos artistas mais renomados da Sevilha barroca. Murillo tinha uma relação próxima com Justino de Neve, o fundador, e foi um dos patrocinadores da construção.


Basílica de la Macarena  

Esta basílica é famosa por abrigar a imagem da Virgem de la Macarena, uma das figuras mais veneradas da Semana Santa de Sevilha, um evento religioso e cultural de grande importância na cidade.

Basilica de Macarena, fonte: Seville City Guide

Virgem de Macarena

A Virgem da Macarena, ou Nuestra Señora de la Esperanza Macarena, é uma das imagens religiosas mais veneradas e icônicas de Sevilha e da Espanha. Ela representa não apenas um símbolo da devoção cristã na cidade, mas também desempenha um papel essencial na cultura, tradições e identidade do povo sevilhano. Sua importância transcende a esfera religiosa, tornando-se um elemento central das festas, do patrimônio cultural e da história de Sevilha.

Ela é venerada como a Virgem da Esperança, simbolizando fé, conforto e esperança em momentos de dificuldade. Sua figura é procurada por milhares de fiéis que a veem como uma intercessora poderosa e uma consoladora divina.

IV. Referências


Wikipedia - Sevilha 

Chat Gpt - Fonte de Pesquisa e parte dos textos 

HistoriacomGosto - Notas de Viagem

Catedral de Sevilla - Edição Dosde -